segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Atividade 2.1 - Mapeamentos Iniciais



O envolvimento do jovem com a tecnologia não é algo recente, pelo contrário já é um acontecimento corriqueiro e até mesmo trivial se comparado a outras ocorrências da sociedade. Fato este que proporcionou a tecnologia se transformar em um fator determinante de ações e comportamento, o que acaba por gerar uma cultura própria nos jovens que utilizam a tecnologia.

O primeiro contato do jovem com os produtos das tecnologias, principalmente após a década de 20 (criação da TV), ocorreu de forma precoce seja por meio da televisão, telefone ou mesmo o vídeo game, dentre outros produtos. Atualmente a evolução tecnológica acontece de forma constante, do mesmo modo que a presença das tecnologias ocorre na vida das crianças de forma mais prematura que em outras gerações anteriores. Prova disso são os vídeos Crianças de 2 anos brincando com Ipad e A bebê e o Ipad que foram propostos na Atividade 1.5 da Unidade 01 deste Curso de Redes de Aprendizagem, onde as crianças brincam com tablets e iPad; partindo deste pensamento pode-se concluir que enquanto gerações anteriores na mesma faixa etária brincavam apenas com seus bonequinhos e brinquedos de montar, as gerações atuais além de utilizar esses brinquedos, também faz uso da tecnologia como forma de diversão.

A cultura tecnológica que é cultivada desde cedo, vai sendo estimulado ao longo do desenvolvimento dos jovens, atualmente este estímulo na maioria das vezes se torna responsabilidade das redes sociais e das mídias de telecomunicação, que influência de forma direta e indiretamente nos rótulos que são designados aos grupos sociais. O fato é que o ato de rotulagem infelizmente acontece desde muito tempo atrás e que além de procurar separar as pessoas em grupos distintos, também se torna algumas vezes ofensivas para certas pessoas e depreciativas. O termo nerd, por exemplo, antes rotulavam pessoas que eram envolvidas com a tecnologia e por serem espetaculares no estudo, atualmente este rótulo ainda é utilizado para aqueles que têm ótimos desempenhos acadêmicos, todavia no que se refere ao envolvimento tecnológico, este tratamento sofreu uma alteração para relacionar as pessoas que possuem um maior conhecimento quanto à tecnologia, haja vista, que todos se envolvem com tecnologias e se este rótulo não sofresse alteração todos seriamos nerds.

A utilização da expressão supracitada com tal finalidade pode estar associada à correlação entre as complexidades que para muitos se apresentam ao procurar entender o funcionamento de algo e as matérias escolares que se tornam complicadas de digerir por algumas pessoas. Vale ressaltar ainda que a expressão nerd se mostra depreciativa para algumas pessoas, pois para muitos o termo nerd é designado às pessoas inteligentes, mas com poucos amigos, que vestem roupas consideradas pela sociedade como feias, pessoas de baixa autoestima e inibidas, dentre outras características desagradáveis aos olhos do restante da sociedade.

O ambiente escolar é o local ideal para se constatar a cultura jovem da era tecnológica e os rótulos que insistem em separar as pessoas em tribos. Desta forma, pesquisei com alguns educadores e pais sobre os jovens e as culturas provenientes das tecnológicas e os mesmos repassaram a figura dos jovens como pessoas extremamente integradas com as tecnologias e que se adaptam rapidamente com as inovações que surgem, além de serem mais propicias a aprenderem algo novo, porém há também exceções. Nos comentários dos pais na maioria das vezes se manteve o discurso que os filhos tiveram os primeiros contatos com a tecnologia desde cedo e que possuem habilidades com a mesma. Já nos comentários dos docentes o discurso mais comum foi que os jovens são antenados com as inovações tecnológicas, adoram a comunicação através de SMS e de redes sociais.

 E o que ficou fácil de perceber em ambos os falares é o fato de que os jovens tem como a melhor inovação tecnológica o celular; logo se pode implicar que o motivo deste produto da tecnologia ser o destaque entre os jovens é pelo motivo que nele se pode ter tudo o que os pais e professores perceberam na cultura destes jovens, que é a manipulação da tecnologia e a comunicação, principalmente pelas redes sociais.

 Os jovens utilizam as tecnologias, porém o que fica evidenciado após aos levantamentos com os pais e professores é que os jovens possuem habilidades com as tecnologias e gostam delas, todavia não as exploram totalmente, principalmente decorrido pela acomodação de estar apenas se comunicando e pela falta de orientação de como utilizar estas tecnologias, principalmente no âmbito educacional.



  • Entrevistas selecionadas:


Entrevista 01: Pai

Cursista: Como seu filho interage com a tecnologia?
Pai(s): “Bem... Ele gosta muito, vive usando o celular para escutar música e ficar falando com os amigos dele. Ele gosta de assistir televisão e ir 'pras' Lan House e não se cansa não viu?! É todo santo dia, às vezes eu faço é perguntar: Menino que Diabo é que tu tanto fala aí nesse teu telefone?!”

Cursista: Você acha que essa utilização das tecnologias se torna prejudicial a ele?
Pai(s): “Olha por um lado sim e por outro não, porque veja bem, ele se diverte, num tá no meio da rua aprontando, ele sabe mexer nas coisas mais do que eu, sempre que eu tenho um problema com esses negócios complicados peço ajuda a ele. Mas por outro lado às vezes me preocupo porque ele podia 'tá' fazendo outras coisas, podia 'tá' estudando mais, num sabe?! Mas por enquanto vai dando certo então eu deixo, num reclamo não...”

Cursista: Os outros garotos da escola alguma vez já repreendeu seu filho com o fato dele ser tão ligado com a tecnologia?
Pai(s): “Sabe que não, na realidade os amigos dele também usam muito essas coisas de computador, telefone, essas coisas. Uma vez ele me contou que tinha uma turma de garotos que 'tavam' pegando no pé era de um rapaz que estuda muito num sabe?! Um daqueles meninos que estuda muito e mexe bem com computador, acho que deve até saber ajeitar se duvidar (risos)”.


Entrevista 02: Professor

Cursista: Como você percebe a interação do seu aluno com a tecnologia?
Professor(es): “Nos diálogos que tratam de algum meio tecnológico, meus alunos sempre tem algo a falar, pois gostam de utilizar ferramentas tecnológicas e quando se fala de redes sociais então... É sinônimo de participação na certa.”

Cursista: Essa interação do jovem com a tecnologia atrapalha ou favorece à educação dos discentes?
Professor(es): “Acredito que um meio termo seria o ideal para esta resposta, porém essa interação favorece mais do que atrapalha. Veja bem, se o jovem sabe organizar seu tempo para usar de seus dispositivos tecnológicos e um tempo para os estudos, logo, não atrapalhará, porém não é assim que acontece com todos, infelizmente, olhando assim ele atrapalharia. Já se formos analisar como os avanços auxiliam na construção do conhecimento, como o fácil acesso às informações, isso se torna uma fator bem positivo. O problema que vejo é que os alunos pouco exploram os meios tecnológicos para a educação”.

Cursista: Você notou alguma vez se essa cultura jovem formada pela tecnologia proporcionou alguma alteração no comportamento do jovem, tanto com ele mesmo ou para com o outro?
Professor(es): “Bom... O jovem sofreu alteração, assim como qualquer mudança cultural, essa nova cultura jovem proporcionou, no modo de falar, de interagir com as pessoas, na formação de grupos que partem dos virtuais para os grupos reais. E mudança para com o outro... Acho que um pouco, pois antes se tinha que somente os 'superinteligentes' eram capazes de manusear os meios tecnológicos, logo os outros alunos pegavam um pouco no pé de quem mexia com ferramentas tecnológicas, hoje eles deixaram um pouco de lado isso e procuraram se informar melhor de como manusear essas ferramentas”.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Atividade 1.5 - Registros Autoavaliativos



O erro é algo que muitos temem, porém no processo de aprendizagem ele pode ser algo de grande valia para o educador quanto para o educando, todavia para este segundo vale salientar que o erro é importante para a reflexão do mesmo e construção do conhecimento, porém se o erro ocorrer sempre na mesma situação de aprendizagem, isto se torna um indício que algo se encontra fora do comum, passando o erro ter a importância de fiscal, apontando onde ocorre a falha para então ser solucionado o problema.

Vale salientar que o erro tem as funcionalidades supracitadas para todo e qualquer indivíduo, seja ele educando ou não, para jovens, adultos, professores, enfim, a todos que realizam o processo de aprendizagem mesmo que em situações distintas. Desta forma é necessário a autoavaliação e o policiamento individual. Na minha prática pedagógica, assim como todos que realizam suas ações, procuro sempre trabalhar objetivando o êxito, todavia acontece que ninguém é perfeito e que em certos casos ocorre o erro. Diante de tal ocorrência o primeiro passo a ser dado é ficar calmo, tendo como ação consecutiva a reflexão, ou seja, a análise da situação para então solucioná-lo, caso após realizado as etapas e o resultado ainda não se é o esperado, então o que faço é perseverar e analisar a cada tentativa de acerto onde ainda ocorre falha, para isso é fundamental que não se tenha medo do novo e procurar formas de diferentes para solucionar um erro.

 Na sala de aula o erro se faz presente em certos casos e nas maiorias das vezes, por parte do aluno, neste momento é crucial uma posição adequada do docente, pois uma atitude grosseira ou mesma agressiva por parte do professor provocará futuros problemas emocionais, estímulo a baixa autoestima e desânimo no educando. Por isso, o educador deve mostrar através do diálogo que o aluno errou, mas de forma que não fique tão explícito, fazendo uso de argumentos que por intermédio do erro torna o discente mais consciente.

Outro fator relevante quanto ao erro, ou melhor, para evita-lo é ter a humildade de assumir que não tem o conhecimento necessário naquele momento sobre um determinado assunto, para que não se repasse informações equivocadas ou que propicie o erro, quando não se tem o domínio de um assunto e procurar repassar a informação solicitada corretamente o mais breve possível depois de uma boa pesquisa. Por outro lado, o professor deve está preparado para situações não planejadas, como indagações e informações acrescentadas pelos alunos, isto é muito válido, desde que não ocorram perguntas e informações capciosas, pois a educação procura a construção do conhecimento e não o contrário. O professor deve está atualizado às informações do mundo e sempre estudando para que sempre ocorra tudo bem.

Atividade 1.4 - Reflexões sobre Cenários de Mudanças




Mesmo os adultos se tornam escravos das mídias, crianças e jovens, por sua vez, com ideologias ainda não estabelecidas, se tornam mais propicias às influências destes meios de comunicação social.

Partindo do pressuposto da teoria da pedagogia marxista a educação se dá pela influência do desenvolvimento histórico do homem, da sociedade e da própria educação. Por outro lado, a tecnologia também evoluiu ao longo dos tempos, até que se construísse a teoria da aprendizagem do conectivismo; todavia, nem todos os educadores acompanharam a evolução desta segunda teoria.

As mídias são os frutos dos avanços tecnológicos, que por sua vez, influencia de forma significativa nas várias esferas da sociedade a partir de alguns processos de produção. Segundo PIRES (2002, p.25):
"Em tais processos de produção, distribuição e consumo da cultura industrializada, os meios técnicos de reprodução assumem papel preponderante tanto pela capacidade de fragmentar e recriar a realidade em condições que favorecem a semiformação quanto pelas interferências que produzem nas condições de percepção subjetiva desta realidade."
 
Deste modo se torna impossível querer viver em sociedade sem sofrer influência das mídias, que por sua vez pode se apresentar no comportamento, no modo de vestir, no modo de pensar, enfim, em vários aspectos. Sabe-se que atualmente as pessoas são os construtores dos próprios conteúdos e responsáveis pela ascensão de vários produtos que são divulgados nos meios de comunicação, porém para que os indivíduos cheguem a este ponto de mentalidade crítica, este já sofreu influências das mídias e ainda continua sob este controle, mesmo que em alguns casos de forma inconsciente.

Isto ocorre pelo fato da tecnologia se tornar um fator cultural para toda e qualquer sociedade, seja pela causa de que sem ela a sociedade utilizará mecanismos obsoletos e facilmente sucumbirá a outros grupos superiores tecnologicamente, seja ainda pelo fator status, que a própria mídia impõe no seio da sociedade, atingindo uma das piores rachaduras que contribui para o desencadeamento interpessoal de um grupo: a necessidade do homem em mostrar ao outro que ele faz parte do grupo “especial”, procurando uma felicidade, por meio da busca pela superioridade.

A utilização destas mídias torna-se a cada dia mais inevitável, o que transforma o tempo de transição tecnológica em que vivemos no que chamamos na linguagem de programação de laços infinitos ou como é conhecida no xadrez a expressão xeque perpétuo. Isto porque as evoluções tecnológicas se renovam mesmo quando achamos que não será mais possível. Logo o modo de como se realiza algo de formas diferentes ao longo das gerações, acaba por gerar certo desconforto para alguns acomodados com “a sua” forma de trabalhar, criando uma desconfiança pelo fato de que se é deixado para trás formas importantes para realização de uma ação, por exemplo, para uma geração mais antiga o único modo de realizar uma operação matemática é a memorização da tabuada, a posteriori uma nova geração surgiu utilizando a calculadora o que criou na primeira geração um desconforto de se está deixando de lado o modo de operar uma ação e se tornar dependente da tecnologia.

Por outro lado, sem o avanço das mídias o modo como vivemos e como aprendemos não seria possível. Os jovens nasceram na era da comunicação e das mídias interativas, porém antes da interação há a exposição de produtos que podem ser interpretados de formas diferentes a partir de pontos de vistas distintos, neste ponto se faz importante o papel da escola, que deve acompanhar os avanços da sociedade, haja vista, que o ensino é maleável. Aqui o docente estrutura o educando para assimilação crítica frente aos produtos das mídias, jovens que agora são agentes moldados e futuramente serão moldadores da sociedade. Caso contrário o futuro cidadão se tornará um indivíduo incapaz de agir criticamente perante uma situação, passando a ser um alienado quanto aos fatores sociais, sem falar que sua existência pode passar a ser comparada a uma marionete manipulada aos mandos das mídias, que por sua vez impõe seus padrões.

Ora, ninguém gosta de participar de um grupo que não acompanha o tempo, que incomoda os integrantes e promove desconforto; para sociedade, o uso das mídias tornou um fator cultural, como supracitado, logo no âmbito escolar o acompanhamento da evolução e o trabalho em conjunto com as mídias, torna o objetivo da escola mais favorável ao êxito, sem falar no ambiente mais cômodo para os jovens discentes, afetando positivamente se bem trabalhada, caso contrário os efeitos poderão ser opostos ao já mencionado.

Atualmente nas escolas o LIE (Laboratório de Informática Educativa) se tornou uma das principais ferramentas no que se refere o trabalho em comunhão entre educação e uso de mídias, seja pela influência aos novos métodos de apresentação de atividades ou elaboração de ações em grupo, ambos por meio de blogs, apresentação eletrônica em slide, fotolog, redes sociais, fóruns, dentre outros. O que se espera para a sociedade escolar é que devemos avançar juntos e não apenas de forma parcial, ou seja, não somente com a participação de uma parcela de um grupo tão grande que é a escola, mas de forma homogênea, propiciando assim resultados positivos de forma grupal e não somente fracionada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PIRES, Giovani de Lorenzi. A mediação tecnológica do esporte com substituição da experiência formativa. In: Revista Corpoconscência. Número 9, 1º semestre de 2002.
 


Posts Populares