quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Atividade 1.4 - Reflexões sobre Cenários de Mudanças




Mesmo os adultos se tornam escravos das mídias, crianças e jovens, por sua vez, com ideologias ainda não estabelecidas, se tornam mais propicias às influências destes meios de comunicação social.

Partindo do pressuposto da teoria da pedagogia marxista a educação se dá pela influência do desenvolvimento histórico do homem, da sociedade e da própria educação. Por outro lado, a tecnologia também evoluiu ao longo dos tempos, até que se construísse a teoria da aprendizagem do conectivismo; todavia, nem todos os educadores acompanharam a evolução desta segunda teoria.

As mídias são os frutos dos avanços tecnológicos, que por sua vez, influencia de forma significativa nas várias esferas da sociedade a partir de alguns processos de produção. Segundo PIRES (2002, p.25):
"Em tais processos de produção, distribuição e consumo da cultura industrializada, os meios técnicos de reprodução assumem papel preponderante tanto pela capacidade de fragmentar e recriar a realidade em condições que favorecem a semiformação quanto pelas interferências que produzem nas condições de percepção subjetiva desta realidade."
 
Deste modo se torna impossível querer viver em sociedade sem sofrer influência das mídias, que por sua vez pode se apresentar no comportamento, no modo de vestir, no modo de pensar, enfim, em vários aspectos. Sabe-se que atualmente as pessoas são os construtores dos próprios conteúdos e responsáveis pela ascensão de vários produtos que são divulgados nos meios de comunicação, porém para que os indivíduos cheguem a este ponto de mentalidade crítica, este já sofreu influências das mídias e ainda continua sob este controle, mesmo que em alguns casos de forma inconsciente.

Isto ocorre pelo fato da tecnologia se tornar um fator cultural para toda e qualquer sociedade, seja pela causa de que sem ela a sociedade utilizará mecanismos obsoletos e facilmente sucumbirá a outros grupos superiores tecnologicamente, seja ainda pelo fator status, que a própria mídia impõe no seio da sociedade, atingindo uma das piores rachaduras que contribui para o desencadeamento interpessoal de um grupo: a necessidade do homem em mostrar ao outro que ele faz parte do grupo “especial”, procurando uma felicidade, por meio da busca pela superioridade.

A utilização destas mídias torna-se a cada dia mais inevitável, o que transforma o tempo de transição tecnológica em que vivemos no que chamamos na linguagem de programação de laços infinitos ou como é conhecida no xadrez a expressão xeque perpétuo. Isto porque as evoluções tecnológicas se renovam mesmo quando achamos que não será mais possível. Logo o modo de como se realiza algo de formas diferentes ao longo das gerações, acaba por gerar certo desconforto para alguns acomodados com “a sua” forma de trabalhar, criando uma desconfiança pelo fato de que se é deixado para trás formas importantes para realização de uma ação, por exemplo, para uma geração mais antiga o único modo de realizar uma operação matemática é a memorização da tabuada, a posteriori uma nova geração surgiu utilizando a calculadora o que criou na primeira geração um desconforto de se está deixando de lado o modo de operar uma ação e se tornar dependente da tecnologia.

Por outro lado, sem o avanço das mídias o modo como vivemos e como aprendemos não seria possível. Os jovens nasceram na era da comunicação e das mídias interativas, porém antes da interação há a exposição de produtos que podem ser interpretados de formas diferentes a partir de pontos de vistas distintos, neste ponto se faz importante o papel da escola, que deve acompanhar os avanços da sociedade, haja vista, que o ensino é maleável. Aqui o docente estrutura o educando para assimilação crítica frente aos produtos das mídias, jovens que agora são agentes moldados e futuramente serão moldadores da sociedade. Caso contrário o futuro cidadão se tornará um indivíduo incapaz de agir criticamente perante uma situação, passando a ser um alienado quanto aos fatores sociais, sem falar que sua existência pode passar a ser comparada a uma marionete manipulada aos mandos das mídias, que por sua vez impõe seus padrões.

Ora, ninguém gosta de participar de um grupo que não acompanha o tempo, que incomoda os integrantes e promove desconforto; para sociedade, o uso das mídias tornou um fator cultural, como supracitado, logo no âmbito escolar o acompanhamento da evolução e o trabalho em conjunto com as mídias, torna o objetivo da escola mais favorável ao êxito, sem falar no ambiente mais cômodo para os jovens discentes, afetando positivamente se bem trabalhada, caso contrário os efeitos poderão ser opostos ao já mencionado.

Atualmente nas escolas o LIE (Laboratório de Informática Educativa) se tornou uma das principais ferramentas no que se refere o trabalho em comunhão entre educação e uso de mídias, seja pela influência aos novos métodos de apresentação de atividades ou elaboração de ações em grupo, ambos por meio de blogs, apresentação eletrônica em slide, fotolog, redes sociais, fóruns, dentre outros. O que se espera para a sociedade escolar é que devemos avançar juntos e não apenas de forma parcial, ou seja, não somente com a participação de uma parcela de um grupo tão grande que é a escola, mas de forma homogênea, propiciando assim resultados positivos de forma grupal e não somente fracionada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PIRES, Giovani de Lorenzi. A mediação tecnológica do esporte com substituição da experiência formativa. In: Revista Corpoconscência. Número 9, 1º semestre de 2002.
 


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